Choque cultural é aquele incomodo constante, quase despercebido, quando você está vivendo em outro país.
Você começa a sentir muita frustração e incômodo no novo país, especialmente com os costumes e os valores. O que te empolgava antes agora te irrita. A ida ao mercado pode ter se tornado uma luta para passar despercebida/o sem que ninguém te pergunte nada e quanto menos você se expor melhor. As coisas que você experimenta já não se sentem como novas, em realidade, começa a parecer que a estranheza da nova cultura impede você de experimentar coisas. Você pode sentir hostilidade pela forma como as coisas são feitas ali. A forma como as pessoas respondem ou interagem fazem você sentir que está completamente por fora.
Então você não consegue parar de pensar em como as coisas eram no Brasil. Você pode começar a idealizar a vida “em casa” e a sentir que a cultura, o idioma e a comida atual são inferiores ao que se estava acostumada/a. Você se vê ligando para sua família e seus amigos constantemente reclamando e com vontade de se teletransportar. Ao contrário do que você imaginava (e todas as outras pessoas) sua vida real não parece em nada com “Emily em Paris”. Nem o “sofrer que seja então em Paris” parece funcionar bem no seu caso.
Te soa familiar?
Pois é, é uma etapa de angústia e rejeição que tem nome: choque cultural. Quero te dizer, como Psicóloga, que passar por isso é normal, faz parte de um processo maior de ajustes e adaptações. Não tem nada de errado com você. Esta é uma experiência vivida pelas pessoas que se deslocam a um entorno cultural diferente do seu. Se manifesta como uma desorientação pessoal ao experimentar uma forma de vida desconhecida. O choque cultural se refere aos impactos de passar de uma cultura familiar para uma desconhecida. Os impactos surgem com um mal-estar físico e emocional que inclui ansiedade, surpresa, incerteza, confusão, insegurança, solidão etc.
Veja bem: olhe para tudo que está acontecendo na sua vida
— Praticamente tudo o que você fazia de forma automática antes de mudar torna-se mais difícil, mais custoso ou demorado. Desde ir ao mercado, ir à aula de dança a uma consulta médica.
— Pessoas, que são importantes na sua vida, estão a quilômetros de distância. Você vai sentir falta.
— Além de pessoas você deixou muita coisa e segue perdendo. Migrar envolve também um processo de luto a ser sentido e respeitado.
— Nem sempre você consegue expressar exatamente o que vem na sua mente por conta do idioma e das diferentes formas como as pessoas se comportam. Você pode se sentir como uma criança em determinados espaços e grupos de pessoas.
— Precisamos de novos conhecimentos e novas habilidades. Desde como funciona a burocracia para ter um visto renovado, passar por uma entrevista de emprego a como se relacionar com sua equipe de trabalho multicultural ou local.
— Você é desafiada/o de inúmeras formas em um mesmo dia e enfrenta desafios que já acreditava ter superado. Como ter uma permissão para dirigir.
— É muito diferente ir de viagem e turistar que fazer uma vida do zero ter sentido. É uma construção no tempo e uma negociação constante com as suas expectativas.
— Inegavelmente momentos de crise fazem parte da construção de uma nova vida.
— Poderia seguir a lista a partir das experiências que colhemos na clínica com Brasileiras/os, mas hoje fico por aqui 🙂
Sem dúvida não é preciso ir tão longe para experimentá-lo e, com maior ou menor intensidade, ninguém está imune!
O choque cultural é uma barreira que pode dificultar a vivência em outro país e também é uma oportunidade para crescermos em muitos aspectos, descobrir mais sobre nós mesmos e estimular nossa criatividade.
Para que o choque cultural não impeça de você tomar uma decisão com consciência e clareza (seja voltar, prosseguir ou recalcular rota) é preciso primeiro enxergar que está se está passando por ele. Se for necessário peça ajuda profissional. A terapia pode ser uma ferramenta útil para lidar melhor com essas questões.
Agora que você já sabe melhor o que é o choque cultural, clique aqui para ler algumas dicas das nossas Psis Intercambiamente.
Se você se identificou com os assuntos abordados neste texto e gostaria de aprofundar-se no autoconhecimento através da psicoterapia online, entre em contato com uma de nossas psicólogas clicando aqui, marque uma sessão ou tire suas dúvidas sobre a psicoterapia online.
Acompanhe conteúdos sobre saúde mental e vida no exterior nas nossas redes:
SE IDENTIFICOU COM O NOSSO CONTEÚDO?
PREENCHA O FORMULÁRIO E MARQUE SUA CONVERSA INICIAL COM NOSSAS TERAPEUTAS
Se preferir entre em contato conosco
intercambiamente
TERAPIA ONLINE EM PORTUGUÊS PARA VOCÊ SE SENTIR EM CASA, ONDE ESTIVER, QUANDO PRECISAR
SE IDENTIFICOU COM O NOSSO CONTEÚDO?
PREENCHA O FORMULÁRIO E MARQUE SUA CONVERSA INICIAL com nossas terapeutas
Se preferir entre em contato conosco
TERAPIA ONLINE EM PORTUGUÊS PARA VOCÊ SE SENTIR EM CASA, ONDE ESTIVER, QUANDO PRECISAR.
ATENÇÃO
Este site não oferece tratamento ou aconselhamento imediato para pessoas em crise suicida. Em caso de crise, ligue para 188 (CVV) ou acesse o site CLICANDO AQUI. Em caso de emergência, procure atendimento em um hospital mais próximo.
[…] nova cultura, um novo idioma e um estilo de vida diferente produz em nós um impacto emocional que denominamos de choque cultural. Podemos estar conscientes dos desafios implicados no morar em um novo país, mas nem sempre […]
[…] O choque cultural é uma experiência vivida pelas pessoas que se deslocam para uma cultura diferente da sua. Faz parte de um processo maior de ajustes e adaptações. Se refere aos impactos de passar de uma cultura familiar para uma desconhecida, enquanto se constrói uma vida para se viver. Os impactos se manifestam com um mal-estar físico e emocional que inclui: ansiedade, cansaço, irritação, incerteza, estresse, insegurança, constrangimento, solidão etc. Entenda melhor o que é choque cultural clicando aqui. […]
[…] à cultura local: As diferenças culturais podem afetar a forma como as mães imigrantes lidam com a criação dos filhos, a alimentação, a […]
[…] à cultura local: As diferenças culturais podem afetar a forma como as mães imigrantes lidam com a criação dos filhos, a alimentação, a […]