Viver no exterior pode ser uma experiência emocionante e desafiadora, mas para muitos brasileiros e brasileiras, essa experiência pode ser ofuscada pela discriminação e preconceito, que podem causar danos emocionais e psicológicos significativos.
O preconceito é um problema frequente que os imigrantes enfrentam, pois as pessoas muitas vezes têm ideias preconcebidas sobre nós e nossas culturas, afetando a forma como somos tratados. Isso pode levar à exclusão social e profissional, reduzindo nossas oportunidades. Para aqueles que migram para um país com uma cultura muito diferente da sua, pode ser ainda mais difícil entender as normas culturais locais e evitar erros que sejam interpretados como desrespeito ou hostilidade, o que gera ainda mais discriminação e preconceito.
A xenofobia é um problema complexo que se manifesta de várias formas, muitas vezes sutis e inconscientes, como as microagressões. Essas ações ou comentários refletem preconceitos ou estereótipos e podem ter um impacto negativo significativo nas pessoas que as recebem, como piadas ofensivas, perguntas invasivas ou comportamentos que minimizam ou invalidam nossa identidade e experiências. Infelizmente, eu escuto frequentemente relatos de brasileiras em psicoterapia que são ignoradas em lojas ou restaurantes, mesmo falando fluentemente o idioma, e as pessoas se dirigem apenas ao parceiro nativo para fazer perguntas sobre o que elas queriam.
O preconceito, a xenofobia, o racismo e outras formas de discriminação podem dificultar a adaptação dos imigrantes e aumentar a sensação de isolamento e exclusão. Isso pode levar a sentimentos de solidão, raiva, vergonha, desesperança e desespero, aumentando o risco de problemas de saúde mental, como depressão e ansiedade.
Aqui estão algumas estratégias que podem ajudar a lidar com a discriminação intercultural:
- Rede de apoio: Conhecer outras pessoas que estão enfrentando desafios semelhantes pode ser um grande alívio emocional. A construção de uma rede de suporte com pessoas que entendem sua situação pode ajudar a reduzir a sensação de isolamento e aumentar a autoconfiança.
- Reconhecer o incômodo: Muitos brasileiros imigrantes podem não responder a uma situação de discriminação e microagressões que sofrem no dia-a-dia devido a diversos motivos. A falta de educação emocional e o não aprendizado de assertividade podem dificultar a identificação e a resposta assertiva a essas ações. Além disso, as inseguranças ligadas ao visto, a sensação de dependência de uma pessoa ou empresa, a falta de fluência no idioma, as experiências anteriores difíceis e o medo do incômodo não ser legítimo podem afetar a capacidade de se posicionar. Sabemos que dependendo das circunstâncias, as pessoas imigrantes podem se sentir mais fragilizadas, vulneráveis e impotentes diante de situações de discriminação e microagressões. Por isso é importante lembrar que o incômodo que essas situações causam é válido e importante e deve ser reconhecido e acolhido para que você possa se fortalecer e se posicionar de maneira assertiva. Você não imigrou para ser apagada/o ou diminuída/o.
- Defesa: Não tenha medo de defender-se e denunciar qualquer tipo de discriminação ou preconceito que você experimente. Muitas vezes, o medo de falar pode fazer com que as pessoas se sintam impotentes e ainda mais isoladas.A ausência de intenção xenófoba não desculpa ações discriminatórias, pois estas são inaceitáveis em qualquer circunstância.É importante lembrar que discriminação é crime e é preciso denunciar.
- Cuidado com a saúde mental: É importante cuidar da saúde mental. A discriminação pode causar danos emocionais significativos e pode ser útil procurar ajuda profissional se sentir que não está conseguindo lidar com a situação sozinha/o.
- Foco na diversidade: É importante lembrar que o mundo é diverso e que há muitas culturas e modos de vida diferentes. Compreender e celebrar essa diversidade pode ajudar a reduzir a sensação de “outro” e aumentar a sensação de pertencimento.
Em resumo, a experiência de imigrar para um novo país pode ser complexa e desafiadora, especialmente quando o preconceito e a discriminação estão envolvidos. É importante lembrar que esses sentimentos são válidos e podem afetar a saúde mental de nós brasileiras e brasileiros. Buscar apoio emocional, reconhecer o incômodo, defender-se contra a discriminação e cuidar da saúde mental são algumas estratégias que podem ajudar a lidar com essas situações. A psicoterapia pode ser uma ferramenta valiosa para ajudar-nos a lidar com as emoções e sentimentos difíceis que surgem durante a construção de uma vida satisfatória em outro país.
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